sábado, 30 de agosto de 2014

Agosto o mês do...

Não. Desta vez não foi do desgosto. Nunca curti esse mês. Se vocês já notaram, tem 31 dias e nenhum feriado para descanso. Isso estressa um pouco quem tem que trampar manhã, tarde e noite, sempre levando algumas tarefinhas para casa.

Aliás, tinha tudo para ser um agosto típico. Notícias ruins de julho poderiam me desanimar ainda mais. Pra quem não sabe, apesar da idade, perdi dois grandes seres humanos que influenciaram muito meu modo de agir e pensar. 

Plínio de Arruda Sampaio, sempre gosto de lembrar desse vídeo do fim da campanha 2012, onde ele, endurecido sem perder a ternura e o bom humor (alías, me emocionei denoooooovo vendo esse vídeo, esse cara faz falta, o rei o tweet).


Também perdemos um expoente da educação humanitária, Rubem Alves. Todo mundo deveria ler pelo menos um livro dele na vida.



Tive problemas familiares também nesses últimos dias, mas problemas de verdade, sabem... saúde. A vó (melhor vó do mundo, quando todos tiverem uma avó como a Dona Minda, o mundo será bem melhor, se não perfeito, juro isso). Nos deu vários sustos nesse sentido, mas acabou perdendo seu companheiro, seu namoradinho, Seu Arno, o qual sofreu muito até sua partida. Penso que todo esse sofrimento de seu parceiro a deixou fraca, mas agora é "bola pra frente". Obs: além do namorado, neste mês ela também perdeu um irmão e um cunhado, imaginem como ficou a cabeça dela... êta véia forte!

Fiquei sabendo ainda que a pessoa que mais amei até hoje está grávida. Óbvio que isso me abalou, mas não posso dizer que negativamente. Me fez pensar na vida, nas vidas das pessoas, como tudo pode acabar e recomeçar todos os dias. Podem ter certeza que recomeçar é bem mais fácil que terminar hahaha. Faz um tempinho que encaro todos os dias como um novo começo.

Outra coisa triiiiste demais é o fato de eu ser gremista. Racismo no séc. XXI, no futebol, no lugar de diversão. Por que não recomeçar aqui também? Por que temos que aceitar o rótulo de clube racista. De boa, o time que eu torço, merece perder todos campeonatos, ficar sem títulos por muitos anos ainda, ser rebaixado mais algumas vezes, enquanto tiver gente da torcida agindo dessa maneira. Porém, não vejo sentido de rebater tudo isso com palavras tipo "gaymio". Homofobia é tão besta e repugnante quanto racismo. Vamos aprender a respeitar as pessoas em suas diferenças ou não?

Quanta negatividade. Não!

Esse mês foi lindo. Ainda penso que é cedo pra emitir qualquer definição acertada sobre o que está acontecendo, mas uma nova amizade surgiu. Ela é linda, inteligente. O sorriso mais espontâneo que já vi. Ela curte a lua, curte o sol, curte sexo, tem a mente aberta (apesar de acreditar que nada a influencia, mas com o tempo isso ficará mais claro pra ela). Nada estava nos planos. Aliás, não há muitos planos, a não ser ser feliz, um dia depois do outro. Lógico que o medo existe. É uma situação diferente. Faz um tempo que evito me apegar por isso, não quero criar expectativas pra mim, nem pra ninguém. Expectativas geram mágoas, esse é meu medo. Porém, aquele sorriso, as coisas que fazemos juntos, o cotidiano está sendo muito espontâneo, o que me dá coragem para arriscar. Curto espontaneidade, mas talvez eu já tenha dito isso... Gracias por fazer esses dias medievais de agosto mais bacanas J. Lua.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Como Sair de Uma Banda de Rock?

Ato I
Me dei de conta que mês que vêm fazem 8 anos que a Decoys começou a fazer os ensaios e funcionar pra valer. É uma data que sempre lembro. Mas como não chegou ainda eu pensei " e essa época a 8 anos atrás?" Eu estava provavelmente saindo da 12Ponto1.

Ato II
Ninguém gosta quando as coisas acabam. É como qualquer relacionamento, ou o ser humano que é carente e apegado por engrenagem (esse termo é pra designar que somos guiados por uma força extraordinária metafísica, seja Deus, seja instinto, seja os átomos, ou ideologia ou o que for). O fato é que por algumas divergências de pensamento artístico avisei o "líder" da banda, meu irmão camarada Rick Raposa que só faria mais os shows marcados e sairia. 

Ato III
Na escola Elisa Valls onde tudo começou - desenvolveu e terminou, continuando a começar, desenvolver e terminar muitas coisas ainda - estava eu com minha namorada e os amigos, como qualquer outro dia, na entrada, confraternizando antes do sinal tocar. Íamos cedo pra colocar as ideias no lugar. Chega o Rick e e diz... lembro exatamente como foi, mas talvez a escrita não acompanhe com fidelidade. Nem acredito que possa reconstituir todo o ambiente, cores, olhares, sorrisos, cheiros...

Ato IV
- O Ari vai se dedicar aos estudos e também não vê a banda como lugar dele, vai sair.

Ato V
Um momento e 3 segundo de silêncio. Eu não queria mais ficar na banda, e a banda não queria mais ficar comigo. hahaha. Voltamos ao grande grupo de amigos. Amigos... 8 anos entre 12Ponto1 e Decoys. Tá aí uma característica da amizade: adaptação.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pensar Dói


Como professor do ensino fundamental, eu me impressiono com a dificuldade do ser humano pensar e dos docentes ensinarem a pensar.
O exercício de reflexão sobre qualquer assunto e/ou prática não é uma tarefa fácil, pois, primeiramente, exige que saiamos da nossa zona de conforto. É exigido que nosso trabalho desenvolva as diversas habilidades e competências em potencial dos estudantes e no meu ponto de vista, o principal destes elementos é o pensar.
Essa habilidade indica – a busca de – independência e fatores que o aluno construa seu próprio conhecimento a ponto de questionar seus professores, e isso mexe com esses “mestres”.
E será que é possível que os alunos pensem mais que os professores e demais adultos? Sem dúvidas que acontece. Imaginem a reação quando se percebe que isso ocorre...
Pensar dói, mas dói mais saber que em muitas áreas, quem está na escola para aprender dá um show em quem está indo ensinar. Um problema – que não seria problema – se tivéssemos a percepção que educar é uma troca – onde o diálogo é fundamental.
Por vezes aprendi mais com meus alunos do que na faculdade.
É a capacidade de abstrair, levar para todos os âmbitos da vida o que se desenrolou na escola e trazer a vida para a escola. A escola imita a vida, assim como a vida imita a arte ou a arte imita a vida como a escola imita a arte?
Contudo que foi exposto, acredito que o que falta ainda é imaginação, tão aguçada na primeira infância e anis iniciais do ensino fundamental e que com o passar do tempo nos desacostumamos para nos enquadrarmos no “mundo real dos adultos” ou o famoso sistema.
Passamos de inocentes imaginadores a racionais destruidores. Racionais, pois pensando sobre apenas um horizonte, sobre verdades concretas; e destruidores por que somos o único animal que tem consciência que destrói – destruímos a natureza, destruímos sonhos, destruímos amores, etc.
Portanto, acredito que o nosso dever é questionar, criticar o que vivenciamos e a nossa realidade, que só é possível a partir da imaginação e do pensar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bota Iluminado esse Rock


Na madrugada de sábado (18) para domingo (19) vi um dos melhores shows da minha vida, o que me motiva a voltar a escrever, e voltar a escrever sobre esse tema que gosto muito: rock n’ roll. E rock com essência de rock.

Teve todas as artes conforme deve ser: teve poesia, teatro, música, dança, filosofia, tecnologia e um baita trago, pra quem gosta de álcool, o que não é meu caso hahahah.

Foi no aniversário do Heineken Bar e apesar de ter tido câmeras fotografando e filmando, ainda vejo a necessidade de escrever sobre isso, pois foi tão fantástico que penso que deve ser um show registrado de todas as formas possíveis e, modestamente, gostaria de contribuir para isso.

O que aconteceu foi que juntaram duas baita banda com os melhores músicos e artistas da cidade, a John Bilíngue e a Delorean; juntaram boas músicas de ambos os repertórios e enlouqueceram a cena.

Destaco os dois bateras, Negão e Ganso. Duas gerações, dois caras influenciados por diferentes contextos e por diferentes referências em uma sincronia quase fraterna, quase geminiana. E quem tem alguma noção de música sabe como isso é difícil.

Fico feliz em ter presenciado esse momento histórico, que teve a banda General Lee encerrando a noite de uma forma bem divertida e simples, elementos que devem ser levados a sério no rock n’ roll, e que agradou muito as pessoas que foram lá, como eu.

Enfim, boas festas desse gênero são possíveis. Temos pessoas com boas ideias e com vontade nessa cidade. O fim não está próximo.

Observação: Sem fotos na postagem e voltamos a Era dos Inícios... Parabéns aos 2 anos de blogue, completos hoje.