terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ápice da Política

Então tá, este é o primeiro texto explícito sobre política do blog. Todos que acompanham meu twitter sabem que eu sou de esquerda, socialista, libertário, meu partido é o PSOL. Talvez tenham percebido também, que por causa da minha história no punk, muitas de minhas utopias têm base na ideologia anarquista.

Mas essa semana creio que seria legal escrever sobre como eu vejo as eleições, em especial, à que ocorre neste domingo.

Meus anos de estudo me fazem acreditar que fiz a escolha certa. Votarei assim:
Deputado Estadual: Roberto Robaina 50000
Deputado Federal: Luciana Genro 5050
Governador: Pedro Ruas 50

Portanto, minhas escolhas por siso demonstram como eu vejo as eleições. Não é apenas votar em quem vai ganhar, ou em quem pode ganhar, mas votar em quem construiu um sonho de mundo melhor. O PSOL? Partido pequeno sim, fraco talvez, diferente com certeza.

Não é um partido que faz alianças, se corrompendo, simplesmente pelo gosto do poder. É um partido coerente.

Penso que não preciso ficar falando do PSOL, basta ler seu programa e ver esta coerência, este sonho que eu vi e que agora compartilho.

Voltamos às eleições então.

Acredito que é só um momento, muito importante, porém... momento. Claro que não é só o voto a política, e quem pensa que é apenas de votos (e roubos) que se faz política está sendo bem enganado e/ou não entende nada de política e fica ajudando a manter essa sujeira, essa política feia que ninguém gosta.

Votam sempre nos mesmos partidos? Vão reclamar sempre!

Francamente eu só queria deixar um conselho: Votem em quem consideram o melhor, mas pesquisem de verdade. Não votem em quem tem mais tempo pra falar na TV, nem @ que tem mais chance de ganhar, nem @ mais bonit@. Votem naqueles que vocês descobriram que é o melhor de acordo com os sonhos de vocês, e que este sonho tenha a ver com um mundo, um país, um lugar melhor para se viver.
@koalhada

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Explicações de um texto rápido


Hoje quero agradecer a receptividade que esse pseudoblog vem tendo, apesar do pouco tempo de existência. Parece que não, por que raramente alguém comenta aqui, mas na rua e em outros meios como o twitter e o orkut as pessoas vem me elogiando, e isso eu não esperava mesmo, não tão cedo.

Outra coisa que me falam, na verdade, me perguntam, é por que eu não faço um vlog. Bom, com todo o respeito a quem faz, e tem muita gente boa e engraçada fazendo vlog, e é uma boa alternativa para os jurássicos programas de televisão.

Apesar disso, eu não gosto muito, pois, no meu ponto de vista, vlog é feito por quem tem preguiça de escrever, ou não gosta de escrever, voltado pra quem tem preguiça de ler ou não gosta de ler.

Um amigo meu me convidou pra participar na construção de um desses vlogs, mas com certeza não estarei atuando. Talvez eu escreva um roteiro para alguém falar, sobre algum tema específico.

Outra questão frequente é por que eu não falei ainda de política. Bom, ainda estamos em época de eleição e antes de acabar falarei. Tenho uma posição definida, mas também não quero fazer desse blog um blog de política. Também tenho um medo que depois q eu escrever uma vez sobre isso não pare mais, mas o texto político virá.

Então era isso que eu tinha hoje pra escrever aqui, na verdade estou na correria, mas se der até domingo eu escrevo algo mais útil.

@koalhada

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Que país é esse?


Essa semana sim, vou falar um pouco de patriotismo/ufanismo/alienação. E acabamos de passar o 7 de setembro. Porém não é essa data, muito questionável em seu conteúdo patriótico, que eu quero citar, mas uma que é ainda mais broxante. O 20 de setembro. Data da Proclamação da República Rio Grandense. Sim, o Rio Grande do Sul já foi um país independente, de 1836 a 1845. E muito se comemora essa data, que é uma exaltação ao regionalismo.

Pra quem não sabe o RS é um estado que se orgulha das tradições e tem muito receio e, posso dizer até, xenofobia para com os outros estados brasileiros. O gaúcho se acha mais macho sim! Porém esse machismo sempre volta contra o gaúcho.

Eu só queria chamar a atenção para alguns pontos a respeito dessa cultura, que eu acho mais sério ainda. Essa alienação, de acharem que não melhores que outros, de acharem que o homem é superior à mulher – ainda mais nessa semana “Farroupilha”, onde os cara pões uma bombacha, sobem num cavalo e tomam umas cachaça e acham que cresceu mais uma bola no meio das pernas, se acham mais homens. Além do mito que o gaúcho é um ser campestre. “Todo gaúcho está no campo e dele vive e o exalta.” Não!

Olhem a sua volta. Essa cultura conservadora é uma ínfima parte do nosso estado. Essa cultura impede todas as outras de se desenvolver. Sufoca! É conservadora sim, não vê que a maioria da população está na cidade e não no campo, ou vê, mas pensam que é melhor os jovem vangloriar-se de uma cultura pequena e hierárquica do que uma que realmente expresse seu sentimento jovem, que provavelmente é rebelde e boa.
Jovem, seja jovem!

Essa cultura gaúcha/tradicionalista é oprimente e deprimente. Faz as pessoas serem mais conformistas ainda. Ohh, o campo. Sim, ele é importante sem dúvida, mas sabem como funciona o nosso campo? Exploração dos peões, grandes trabalhadores. Estancieiros e seus filhos de Hilux bebendo e coçando o saco, sendo superiores que são.

Pessoalmente, essa época é a pior do ano. Pessoas conseguem ser mais falsas do que geralmente são. Vivem o que diariamente não vivem. Exaltam a exploração e uma guerra injusta. Infelizmente esse é nosso país, digo, estado.

@koalhada

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um Pouquinho de Amor, então

Essa semana eu ia escrever sobre Semana da Pátria. Escrevi um monte sobre isso ontem, mas apaguei, pois devido à complexibilidade do assunto patriotismo/alienação/nacionalismo/internacionalismo/globalização/independência acabei desfocando muito e não conseguindo explicar em palavras o que eu realmente sentia em relação a isso. Mas quem sabe outra hora eu fique mais inspirado para expor com mais clareza esse tema.

Então resolvi escrever sobre rock, e até já tenho um escrito que é só postar. Muito legal rock, não? Mas seria o 3º texto sobre rock, e não quero que este seja um blog sobre rock, e sim sobre minha visão de mundo, que está muito ligada ao rock, por sinal.

Então, já que eu fiquei pensando toda a semana sobre assuntos que eu desisti de escrever, eu vou mostrar para vocês um lado meu pouco conhecido. É quando eu falo de amor. Isso é uma pequena parte dos meus sentimentos amorosos. É uma poesia (daquelas que eram para ser virar música) que eu escrevi faz uns 3 anos, por ocasião de uma briga minha namorada (isso em começo de namoro) quando eu achei que ela ia me deixar. E não adiantam negar, esses sentimentos, como o amor, fazem parte da nossa vida, por mais “machão” que alguém queira parecer. Não é um poema muito profundo, e nem tem a intenção de ser.


TE QUERO (Koalhada Decoy)

Parei para pensar neste momento
E vi que em meu coração
Podem despertar sentimentos
Que se transformam em canção.

Ultimamente é o que faço,
Vago à toa pelos espaços,
Pelos Lugares onde tu passa
Para saber que tu existe
Mesmo longe dos meus braços.

Uma amizade é o que te peço
De ti eu não consigo ficar distante
Eu queria te abraçar, sentir teu cheiro,
Mas você anda me evitando e some.

Te quero, te quero, te quero
É só nisso que eu penso
É nisso que eu sonho
Quando eu deito para dormir
E é esse o meu objetivo.
Te quero, te quero, te quero
Você também vai me querer
E lembrar do nosso amor
Que tu nunca deixou de sentir.
@koalhada

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Deus existe, mas está longe!

Quero deixar claro mais uma vez que o que escrevo aqui é um ponto de vista meu. Não quero convencer ninguém, mas gostaria que refletissem sobre estas palavras.

Eu acredito em Deus, em uma força espiritual acima das forças humanas. É uma crença bem pessoal. Entretanto nego qualquer dogma religioso, qualquer igreja ou crença institucionalizada e tudo o que foi inventado por homens e mulheres pra justificar essas religiões e crenças. Claro que sempre há uma função social destas instituições, que elas tem uma moral e uma ética que às vezes ajuda na concepção de humanidade. 

Para ficar mais claro, penso que Deus existe sim, mas não é responsável pelos atos humanos, ou seja, não é culpa dele as mortes, as atrocidades, os “pecados”, e nem por nada que muitas vezes se atribui a ele e a certo destino do tipo: “aconteceu por que tinha que acontecer”. Acredito que temos que separar bem o que é obra de Deus e o que é culpa nossa ou da espécie humana. Penso que este ser supremo cuida apenas de nossa parte espiritual, das coisas abstratas. Sendo ele um ser que está além do mundo físico, é disso que ele cuida: do que está além do mundo físico. Talvez seja Ele que tenha dado aos seres humanos os sentimentos que são conceitos abstratos, mas é o ser humano que decide o que fazer com estes sentimentos, como o amor, a raiva, o carinho, o ódio, a saudade, e até a razão. 

E o porquê deste texto, deste assunto delicado? É que esta semana discuti muito sobre isto com pessoas que amo, essa história de acreditar em tudo que é abstrato, que é invenção, sem pensar o porquê foi inventado ou qual a intenção disto ter sido criado.  Mas ainda, esta semana eu vi coisas, coisas que todos sabemos que existem, e que eu já tinha vivenciado muito. Eu vi a pobreza, a miséria e o descaso com pessoas humildes, que são tratadas piores que animais, talvez até, piores que os cães do  Canil de Uruguaiana (e olha que não é fácil). Acho que eram tratadas pior do que plantas, piores do que objetos. Não são, não somos, robôs prontos pra servir! Vejo um país e uma região tão rica e vejo pessoas tratadas como merda talvez... fiquei muito triste. E fiquei triste porque estas pessoas depositam suas esperanças em quem? Deus! Ou pior. Nos poderosos que os tratam como se nem existissem. Ou esperam algo do cara do rádio ou da TV. Ou seja, esperam por Deus, por este ser poderoso, que ou está no céu ou é alguém que existe e que não liga para a existência da pobreza. 

Moral da história: as pessoas que mais precisam lutar para mostrar que existem, esperam que as descubram como mágica. E não é por acomodo, é porque acreditam que é mais fácil um ser abstrato resolver seus problemas do que os que têm o poder (político, econômico, social) dar atenção a elas. São pessoas dotadas de grande humanidade, de carinho, de esperança. Somos serem humanos todos, não somos um lixo descartável. Será que para as pessoas conquistarem coisas físicas tenham que abrir mão de sua espiritualidade. Penso que não...

Apesar de tudo, por esse ponto de vista muitas vezes fui chamado de “herege” ou até “ateu” por religiosos e de “religioso, cristão, fanático, alienado” por ateus ou pseudocientistas. 

Peço desculpa por não ter uma solução pra esses problemas que eu descrevi, e que têm muitos mais. Até agora a melhor forma acredito que seria mostrar que existimos e que o ser humano existe, não importa suas posses físicas e nem as espirituais. O poder existe, mas tem que saber que a pobreza, a miséria, o descaso, e todos os males existem. Existimos, e Deus sabe disso, mas está longe para resolver os problemas da terra.

Desculpa também pelo texto ter ficado longo, e eu tinha muito mais a desabafar eim...

@koalhada