quarta-feira, 30 de março de 2011

Campo Bom

Esses dias eu estava dando um “role” por umas cidades perto de Porto Alegre e passei por Campo Bom, uma cidade onde eu fiz um concurso público. Esta cidade fica ao lado (colada, digamos) de Novo Hamburgo.



Andei um pouco por lá no domingo (27/03), fui para Parobé, e voltei lá (novamente por necessidade) na segunda (28/03), antes de ir para São Leopoldo, Canoas e finalmente voltar para Uruguaiana.

O clima estava chuvoso nos dois dias que visitei a cidade, e isso foi a “cereja no bolo” de todo o encantamento que tive por este lugar.

Campo Bom é limpa, bonita, organizada e com um histórico administrativo admirável* que podemos perceber por toda a estrutura da cidade. É turística, é educacional, é industrial e é aconchegante.

Sua praça e sua pista de skate deixam com inveja muitas cidades maiores. Visitei uma escola municipal que era muito mais bem estruturada do que todas às particulares que já conheci.

Enfim, Campo Bom é uma cidade onde eu gostaria de morar, por isso me arrependi de não ter estudado ainda mais para este concurso e garantir minha vaga.

*Posso falar isso sem peso político, pois até agora não me informei nem quem governa ou governou a cidade, nem o partido que governa ou governou a cidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Contradições Entre Internet e Política

Faz um tempo que não tenho falado de política aqui no blog. Não que não tenha tema para ser discutido sobre isso, muito pelo contrário, os acontecimentos de 2011 estão sendo cada vez mais relevantes no nosso dia-a-dia.

Tem alguns exemplos bastante claros do que está acontecendo. A nível internacional podemos destacar as revoltas no mundo árabe, a visita do Barack Obama no Brasil, a situação nipônica após tsunami e vazamento nuclear, entre outros. No Brasil também há notícias de destaque, como a grana que a Betânia vai ganhar pela LIC, o aumento abusivo no salário dos políticos e as migalhas do mínimo, e mais recentemente a invalidade da Lei de Ficha Limpa, onde até o Jader Barbalho vai poder rir da nossa cara. Tem questões locais, do estado e do município também que são bem complicadinhas, mas isto tudo são apenas exemplos.

Bom, eu não vou ficar aqui chorando por tudo isso. Tenho plena confiança nas pessoas em que eu votei e nas que foram eleitas representando o PSOL. Podem acompanhar e me dizer se não tenho razão.

Vocês sabem quem são os maiores responsáveis por nós termos que reclamar diariamente sobre essas coisas? Somos nós. Fomos adestrados desta maneira, votar e depois reclamar. Por isso tenho me omitido em relação a essas questões aqui no blog, por que é fácil ser cidadão na internet, mas devemos ser na vida também.

Aliás, a cidadania digital está cada dia com mais força, talvez a uns 2 anos atrás reclamar na internet questões políticas não era tão comum. Agora é, mas não é o bastante. Para mim, o maior exemplo vem do Egito, uma revolução que teve está tendo êxito e que começou pela grande rede e em redes sociais (facebook e twitter).

A nossa revolução na internet já começou. Temos que tomar as ruas.

OBS: Faz alguns dias que militantes do PSTU e do PSOL fizeram uns protestos contra a vinda de Obama ao Brasil, contra o imperialismo que bate a nossa porta. Mas sabem o que aconteceu? Os caras foram presos, e no outro dia no twitter as pessoas estavam criticando eles “baderneiros”. Sabem, foi meio ridículo, por que sempre estão reclamando e quando alguém resolve tomar uma atitude prática já começam os julgamentos. Não gosto de falar mal do meu país, mas é muita ignorância e covardia vir falar apenas na internet e ainda criticar quem deveria ser herói.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Minha Vida É Um Palco Iluminado II

Vamos falar de show de rock mais uma vez então. E desta vez em dose dupla: Sexta edição do Canha Rock e UnderNight (em São Borja).

Gostaria também de falar sobre o evento que ocorreu no Parcão com as bandas TK4 e Fencer, e sobre o I Pop Rock que aconteceu no bar República, ambos no sábado, o primeiro a tarde e o segundo na noite, porém não fui em nenhum dos dois, pois estava em São Borja no Under Night.

Canha Rock VI (18/03/2011)

O Canha Rock desta vez começou com uma traça de local, de última hora. Sabem como é, as pessoas em Uruguaiana sempre dão um jeito de tentam queimar o filme dos roqueiros (principalmente os que não querem e não pagam de pop), e não foi diferente com o clube que a princípio onde ocorreria a festa. E aqui deixo meus parabéns para o pessoal que organiza o Canha pela correria para conseguir um local central sem desmarcar a festa que era muito aguardada. E também um muito obrigado pelo pessoal do Núcleo Colorado que cedeu seu espaço.

Sobre as bandas: A banda que veio de Alegrete, a Laef, mostrou um repertório muito variado, que agradou (ou não) gregos e troianos. Foram de Angra a Ramones.

A DeLorean mostrou também um repertório variado, e foi legal ver os caras felizes em tocar em um lugar mais underground e mostrando seus trabalhos de composições próprias.

Golardina se superou, mandou bem no punk rock bubblegum, com a loucura deles tocarem umas músicas com as calças abaixadas e de até jogarem calcinhas para eles. Pra quem não sabe, eu já fui baixista da Golardina, e nesse dia toquei uma música com eles (1001 doses). Mas não fui o único. Teve uma junção no final da apresentação deles, o que fechou o repertório de loucuras dessa banda. Prego, Angel e Negão tão muito de parabéns pelo feeling que eles conseguem por nesse rock aee.

E todos esperavam para ver a Ozilha, mas por ego, ou por “paunocuzisse” a pessoa que ficou de quebrar um galho para o batera falou que ia ir embora e ia levar os pratos. O detalhe é que essa pessoa estava lá na frente, confraternizando com o pessoal que estava aborrecido pela ausência forçada da última banda. Foi muita decepção, por que eles deixaram de tocar por embargo de quem deveria se lembrar do passado. Mas tudo bem, outras oportunidades virão para escutarmos aquele Raimundos fodão que a Ozilha mostrou no Rockers (06/02/2011).

Tenho que dar mais uma vez os parabéns para os organizadores do Canha Rock. Eles são organizadores de festa rock n’ roll que eu vejo ir apoiar as outras festas, curtirem as outras bandas. Eles realmente fazem pelo rock n’ roll e não para aparecer. Nada contra os outros que dão a cara a tapa pra organizar as festas (e isso eu admiro muito), mas os caras (e “as” caras) do Canha tem essa qualidade a mais.

No outro dia (29/03/2011), eu e uns amigos fomos para São Borja curtir a Petardo no UnderNight Rock Fest

A primeira banda a se apresentar foi a Anácronos. Rendeu agitos, roda punk e algumas piadas sarcásticas. Motivo: era uma banda punk... com um anão vocalista que tocava guitarra. Olha a ironia: um momento do show ele falou “não vamos se encolher galera”. Rimos muito. Para ajudar, o repertório também era pequeno. A Kennia achou uma “puta falta de sacanagem” eles não tocarem Blink 182, e confesso que seria melhor do que assistir os clipes da banda americana.

A seguir tocou uma banda de metal rápido (só sei diferenciar metal em rápido e melódico). A Entherror fez com que muita gente reclamasse de dor no pescoço no fim de sua apresentação. Sabem né, a galera bateu muito a cabeça lá.

A banda de Uruguaiana, a Petardo, tocou mais metal rápido, com músicas próprias fizeram um excelente show, com o Gordinho se superando no vocal gutural. Tirei algumas fotos. Sou um bom fotógrafo, mas a qualidade da câmera não ajuda.

Apenas ouvimos lá de fora a Soldas em Geral, uma banda grunge. Estava muito legal o som, servindo de trilha sonora para a briga das meninas lésbicas pelo cara bissexual.

Ainda era para ter apresentação das bandas Baby Core de Itaqui e da Baby moster de São Borja. Coincidência do nome ou não, as duas cancelaram a participação no evento.

Conclusão sobre São Borja: 0) Segundo a Kennia no twitter, @KenniaDoncato: "Em sb ñ existe homens, só gays, lésbicas, pessoas feias,o cara q ñ sabe dar informações,o filho dele,1 das branquelas, o @, a fran." 1) O evento e as bandas foram de primeira, mas o público ainda deixa a desejar. Tinha bastante gente, mas quem mais agitou e curtiu as bandas foram os 15 de Uruguaiana. 2) A galera lá é muito mais cabeça aberta do que em Uruguaiana. 3) Pelo menos desta vez ninguém tocou no banheiro e nem cagou na lixeira. 4) Morri dando risada do senhor que estava dando informações logo que entramos na cidade, muito loco e deixou o cara mais perdido ainda. 5) Meus amigos são os melhores. Valeu Fran e Neandro por nos acolherem e pelo carinho e pela cia.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia da Poesia III - Idéia (New Way)

Idéia (New Way)*
(Koalhada Decoy)

Tomar um sorvete, sair
Será que tenho chance?
Estar perto para proteger
A paixão é uma revanche?

Entenda bem, meu bem
Minha segunda intenção
É ser seu grande amigo
A primeira é te levar à redenção

Mais difícil é revelar
A idéia de desenlace
E das coisas que admiro
Constam as estrelas de sua face
  
Estaremos juntos e sem platéia
Venha vivenciar está minha idéia
Idéiaaaa
Idéia (New way)

A dúvida me promete
Ser leal nesse caminho
Esperando dar lugar
A certeza do seu carinho

Te conhecendo inseguro
Em dias como um show
Nesta parte eu sinto
Que verão ainda não terminou

Mas antes de decidir
Mais uma vez eu quero
Me decepcionar contigo
Em um destino mais sincero

Estaremos juntos e sem platéia
Venha vivenciar está minha idéia
Idéiaaaa
Idéia (New way)


*Em fase de aprimoramentos

Dia da Poesia II - Cadê a Liberdade?


Cadê a Liberdade? 
(Koalhada Decoy/Osvaldo de Oliveira)

Queria fazer algo legal
Esbarrei na burocracia
Cada passo que você dá
Há alguém que lhe vigia

Olhando paro lado
Aqui está a repressão
Se esperar pela justiça
Pense só em lentidão

Cadê a liberdade, se todos somos escravos de um sistema?
Cadê a liberdade, se a liberdade é um problema?

Então reflita: Onde está a abolição?
Então decida: Pra que comemoração?
Se a única liberdade que temos
É a liberdade de aceitação

Eu já sabia e te orientei
Abrem os seus olhos
Nascem, crescem, morrem...
E se divertem com seus corpos

Até quando veremos
Nossas vidas se acabando?
A esperança de um mundo melhor
Ainda está em nossos planos!

Dia da Poesia I - Me Traga o Pôr-do Sol de Sua Cidade

Me Traga o Pôr-do-Sol de Sua Cidade 
(Koalhada Decoy)

Os pássaros negros chegam lá do mar
Com mensagens para sonhar
Então veremos que há mais
Que jornadas tão normais.

Acreditamos na força de nossos erros
Pecamos livres e sem medo
De termos algo mais além
De jornadas tão normais.

Sempre o sabor que volta
É o doce da sua boca
Sentimentos que se passam
Quando o olhar é certo

O vento traz tudo àquilo que ficou
Vem de longe a canção que embalou
A paixão que como fogo ardia
Nas manhãs quando o sol surgia.

Lembranças são um passado vivo
Um voo em lugares no infinito
Uma paixão que como fogo ardia
Nas manhãs onde o sol surgia.

Sempre o perfume que volta
É o cheiro de seu cabelo
Sentimentos que se passam
Quando o olhar hipnotiza.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Limites Entre Liberdade de Imprensa e Liberdade de Empresa


Texto de Neandro Fioravante Catto
@neandrofcatto Urug,/SB - RS
Estudante de Jornalismo 5° Semestre(Unipampa); 
Colorado; 
Traí o movimento, mas ainda curto Misfits, Ramones e Black Flag; 
Continuo viciado em nicotina.


Com o fim da ditadura militar, e consequentemente da censura, no Brasil, a liberdade estava em alta novamente. Vários direitos que haviam sido tirados da população foram restituídos. Porem, é válido lembrar que apenas em 2009 a Lei de Imprensa instituída na época da ditadura, foi revogada.

            A liberdade de imprensa assegura aos meios de comunicação o direito de se expressar livremente, desde que seja de forma ética e sensata

O artigo 220 da Constituição Federal proíbe qualquer tipo de censura, seja de natureza politica, ideológica ou cultural. Declara também que os meios de comunicação social não podem ser influenciados por monopólios. Mas é fato, que a grande mídia sempre foi controlada por grandes empresas. Empresas essas que fazem uso da “liberdade de imprensa” para manter seus interesses econômicos e ideológicos, e favorecer seus anunciantes.

Não há, portanto, liberdade de imprensa enquanto a mesma for usada para beneficio de grandes empresas jornalísticas, que continuam controlando e manipulando a informação. Além disso, censuram e impedem que a voz, ou opinião, do publico seja ouvida e levada a discussões. Mesmo onde é possível ler “sessões do leitor” a chamada censura empresarial entra em cena e dita quais opiniões são publicadas.

Infelizmente, há muito tempo, os veículos de imprensa de maior abrangência se tornaram empresas, sendo assim estão sempre atrás do lucro. Uma empresa jornalística pode exercer seu direito de opinar, mas sem o jogo de influencias e manipulações que existe. Deste modo a imprensa será de fato livre, sem qualquer tipo de censura.

Existe então um limite entre liberdade de imprensa e liberdade de empresa. Uma não existe sem a outra, e a outra deixa de ser “liberdade” quando é usada incorretamente. Ou seja, a empresa só manifesta suas opiniões livremente por causa da “liberdade de imprensa”, que só vai ser plena quando as empresas deixarem de usar esse direito em próprio beneficio.