quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Minha Vida É Um Palco Iluminado VI


Mais uma da saga, e olha que incrível, nesse show eu toquei. Ah, fazia tempo cara, e já estava na hora mesmo. Mas pensando bem, já é a segunda apresentação esse ano. Terrível só por que to sem nada de ritmo, e errei a maioria das músicas. Mas foi legal sair de casa um pouco, ver amigos e curtir um rock.

Foi um tributo a banda americana Ramones, a melhor que já existiu e a mais importante. Como disse o Roger “sem ela não haveria metal como temos hoje, não teríamos rock nacional como temos hoje, não teríamos a cena underground, e nem mesmo o pop.” Claro, foi uma banda revolucionária na música.

Erramos, mas acertamos em planejar este momento. Na noite ainda teve jam sessions, com direito a Luan Santana na guita e um Misfits poderoso pra encerrar. 

Quem estava junto nessa indiada foi o Roger Xavier (vocal), Felipe Chico Estranho (guita), Matheus Rostão(batera) e eu no baixo.

Particularmente esteve longe de ser o melhor show da minha vida, mas é com muita satisfação que eu vejo que a galera está indo ver rock n’ roll pra se divertir, e essa é ideia. Por muito tempo acontecia de alguns saírem de casa só para ver os erros e comentarem. Somos punks, e não temos orgulho de não saber tocar, só que temos coragem de fazer as pessoas viverem!


domingo, 11 de setembro de 2011

Um Paradoxo

Como todo CDF pseudo-intelectual eu não curto a tal wikipédia, mas vi algo lá que achei tão inspirador por parte de quem escreveu que resolvi repoduzir aqui com algumas adaptações. É um trecho de uma parte que fala da filosofia do amor platônico. Segue:

Os filósofos neo-platônicos do Renascimento estabeleceram uma concepção deste amor como o ideal de amor humano. Castiglione e Bembo desenvolveram um conceito de amor platônico segundo o qual o homem supera a sensualidade quando a razão compreende que a beleza é tão mais perfeita quanto mais afastada está da matéria impura e corrupta. Através desse conhecimento, o amor se transforma em um "afeto platônico", que é a união exclusiva da mente e da vontade de ambos os amantes.

Este afeto mútuo conduzirá a ambos à contemplação da beleza universal e, portanto, à contemplação de Deus. A beleza corporal não é bela em si mesma, é a imagem refletida da beleza espiritual, e a alma humana deve aspirar a conhecer e amar essa beleza essencial. Por isso, o amor à beleza física é um passo até o objetivo final de união com a beleza última, e única real, do sagrado.

Desta idéia se depreende que a concepção filosófica do amor ideal oferece uma justificativa para centralizar os valores da vida exclusivamente no amor humano que legado de Deus, sem considerar todos os demais valores. A tragédia está em que a natureza do homem combina a matéria com o espírito, e o corpo físico impulsiona fortemente a que se rompa o círculo cósmico do amor, quando ancorado num amor imperfeito, inferior.

sábado, 10 de setembro de 2011

Um Galo chamado Marica (Parte III)


O porquê do nome do galo ter sido Marica, ocorreu depois da partida do meu avô. O frangote, que já não tinha seu amigo para dormir por perto, passou a se abrigar no galpão. Entretanto, todas as galinhas do sítio pernoitavam ao relento, nos galhos das árvores atrás da casa. Ele era o único no galpão.

O frangote virou galo, e sempre dormindo no mesmo lugar. Minha avó, indignada com a falta de macheza do bicho, que sempre parecia uma criança inocente, exclamou para ele, assim:

_Seu marica, já pra fora, agora tu vai dormir no pátio, junto do resto das galinhas.

Pobre da minha avó, não se deu conta que poderia ser que o podre galinho não estivesse preparado para enfrentar esse novo desafio. O Sprupícyo nunca foi e nem seria uma ameaça de morte, pois eram dois à toa, mas os outros galos, sim.

O Marica, infeliz no batismo de seu nome e na sua nova vida no sítio, pois logo que foi para o pátio, começou a se facerear para cima das galinhas, mas pouco sucesso obteve. Talvez fosse a falta de convívio com sua mãe na criação, não sabendo como tratar uma dama como merece.

Contudo, pior que não conseguir uma namorada é ganhar um inimigo mortal. Sempre há no meio de qualquer bando aquele que se sente o “macho dominante”, o maioral, o fortão (até no meio dos humanos). Que situação estava o nosso galinho: não era tão grande e muito menos era forte.

O Marica foi encurralado. Não teve escapatória. Foi julgado à morte pelas leis da natureza. O mais poderoso sobre o mais fraco (indefeso).

Mas apesar de tudo, o Marica nos encantou, nos mostrando que é uma virtude ser um à toa na vida. Já o galo fortão, tivemos de suportar sua existência. Nem sempre a vida é aquilo que queremos que seja. A vida deve ser vivida. Temos de buscar a felicidade todos os dias, sendo à toa ou não. O Marica dava bicadas e nós devemos dar risadas!

FIM




domingo, 4 de setembro de 2011

Aos Mini Patriotas

Estou na correria pra ir pra Canoas aproveita a folga e o feriado dessa semana, então vou deixar algo inédito aqui: uma canção de outra pessoa/banda. 

Antes quero falar um pouco do 7 de setembro. É que eu odeio essa data, essa semana da Pátria - odeio também a semana do gaúcho, o carnaval, a páscoa, o natal, o ano novo, e quase todas as outras comemorativas. E o motivo é simples: tenho senso crítico. 

Só que os contextos nos fazem refletir. Esse ano eu vi que mais que uma data pra mostrar que odiamos os outros, também é uma data pra encotrar amigos, passear, enfim, sair da rotina. Então, ainda odeio essas coisas, mas vamos aproveitar o momento e sorrir ao mesmo tempo que criticamos. Seriedade no afeto. 

Toma Porcos Cegos pra vocês.

Sete de Setembro 
(Blind Pigs)

Quando eu era uma criança
Implorava pro meu pai me levar
Pra ver o desfile da independência
Sentia orgulho de ser um mini patriota
Mas agora eu cresci
E vejo mais um motivo idiota.

Para mostrar
Armamentos antiquados
Soldados mal treinados
Tanques enferrujados.

Sete de setembro
Data tão festiva
Mais uma piada
Dessa terra tão querida

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um Galo chamado Marica (Parte II)

Um conto de Luiz Carlos Mendonça Jr. 

Mas certos episódio, o Marica nos fez rir de mais. Ele subiu no colo do tio Neneu, depois, descontente com o colo, subiu até o ombro do tio. Ali se acomodou confortavelmente. Então, minha avó, sempre boba com aquele pintinho guaxo, disse: 

_Pintinho lindinho, não vai inventar de fazer cocô no ombro do titio, viu! 

O Marica nunca foi um pinto normal. Não sei se ele compreendia o que nós falávamos, mas parece que ele, com aquela cara de malandro, respondeu:

_Pode deixar! 

Coitada da camisa do tio Neneu, ganhou de presente a titica do Marica.

O Marica cresceu, mas já não contava com a parceria do meu avô. Contudo herdou o jeito atoa e, até então, único do meu avô.

Geralmente, o meu convívio que possuía com o Marica, era dominical, pois sempre no domingo meu pai vai para fora (na maior parte do Brasil se chama roça, mas na campanha gaúcha, costumamos dizer “pra fora”).

Meu pai tem um cachorrinho que era do meu avô, mas que não foi muito aceito por ser muito pequeno. Ele é um desses salsichinhas preto. Mas pobre cusco, o pouco tempo de convivência com meu avõ foram o suficiente para se tornar outro atoa na vida. De tão atoa, seu nome é Sprupícyo (escrito assim para ficar meio inglesado e chique).

Todo domingo era aquela agitação em o Marica e o Sprupicyo. Um não gostava do outro, ou, pode ser, que se gostassem de mais, mas de um jeito nada comum. Mas o fato, era, que o agora galo Marica, sempre queria bicar o cachorrinho. Na maioria das vezes conseguia. Já o Sprupícyo nunca conseguia. Era percebível naquela cara cachorrenta o anseio que tinha em morder aquele galo.

Então, num entardecer de domingo, onde todos estavam sentados no pátio, abaixo das maravilhosas sombras geradas pelas árvores do sítio, que ocorreu um fato realmente histórico: o Marica tinha acabado de bicar o Sprupícyo e saiu despretensiosamente com aquela pose de “eu sou o maior”. Foi então, que o Sprupícyo, rapidamente saiu em direção do galo, com uma raiva e indignação tamanha, arrancando um maço de pelo menos cinco penas da cola do galo na sua boca. A partir daí as disputas entre os gladiadores se tornou mais parelha. O respeito até tentava ter sua existência, mas a gana de pegar o adversário imperava no olhar dos dois bichos. 

Já é Setembro

Oi. Essa é a “nova cara do blog”. Nesse mês de agosto eu testei várias mudanças, mas poucas delas me agradaram, pois iria perder o charme da simplicidade, então a metamorfose desse espaço só se restringiu a aparência basicamente.

Primeiro que tirei o link que encaminhava para o meu twitter. Ainda vou buscar um botão ou algo pouco chamativo para indicar as minhas redes sociais, mas sem presa.

O arquivo do blog (Avez-vous lu?), os posts mais vistos (populaire), os outros blogs que leio (autres), os seguidores, a ferramenta de busca e o contador (vues) estão agora do lado esquerdo. Essas palavras estranhas são um “requinte” a mais que também mostram minha admiração pelo povo histórico francês.

Espero que tenham lido os textos de agosto. Destaque para o contodo Luiz Carlos Mendonça Jr., que eu vou pôr em partes, pois ficou meio longo. Agora, quando um texto ficar muito longo, postarei em duas partes. É que reparei que quando ficam muito compridos ficam chatos também, as pessoas lêem até a metade e nunca mais voltam pra ler. Bom, é isso, e segue o baile.