sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Absurdo

E o salário deles ainda poderá ter um aumento de 61,83%, enquanto a proposta de aumento do salário MÍNIMO poderá ser de 670,00 R$.


O peso mensal dos congressistas nas contas públicas
O CUSTO DE UM DEPUTADO (R$)
Salário: 16.512,09 (São 12 salários anuais + 13º, 14º e 15º salários)
Verba de Gabinete: 60.000,00
Cotão*: 23.033,13 a 35.503,04 (média de 29.268,09)
Auxílio Moradia: 3.000,00 (desde que não more em apartamento funcional)
TOTAL: 108.780,18
*O Cotão inclui diversas despesas, incluindo passagens aéreas, cota postal e telefônica ou aluguel de escritórios políticos.
O CUSTO DE UM SENADOR (R$)
Salário: 16.512,09 (São 12 salários anuais + 13º, 14º e 15º salários)
Verba de Gabinete: 82.000,00
Passagens aéreas para o Estado de origem: 6.045,20 a 27.855,20 (média de 16.950,20)
Auxílio Moradia, desde que não more em apartamento funcional: 3.800,00
Cota postal: de 4.000 a 159.310 correspondências
 Cota de telefone fixo: 500,00 a 1.000,00 (média de 750,00)
Cota de telefone celular: sem limite
Ressarcimento de despesas médicas: sem limite
Ressarcimento de despesas odontológicas e psicoterápicas: 2.166,58
Combustível para carro oficial: 260,00 a 520,00 (média de 390,00)
Verba indenizatória: 15.000,00
TOTAL: 137.568,87
*A verba indenizatória inclui diversas despesas, incluindo consultorias, TV e internet ou fretamento de aeronaves.
Fontes: Contas Abertas, com base em informações da Câmara, Senado, Transparência Brasil e Congresso em Foco
-Tabela retirada de Zero Hora

Isso é justo?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Capitalismo e Vacas

Vou viajar e não sei quando vou escrever denovo por aqui. Por isso mais um post (três dias seguidos).
Entendendo o capitalismo a partir das vacas. Piada velha (não é minha), mas muito boa e esclarecedora. 

Capitalismo Ideal: Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!

Capitalismo Americano: Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre. Então você invade um país árabe dizendo que eles ameaçam a democracia mundial porque têm armas de destruição em massa, e rouba as vacas deles.

Capitalismo Francês: Você tem duas vacas. Entra em greve porque quer três.

Capitalismo Canadense: Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.

Capitalismo Japonês: Você tem duas vacas. Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produz 20 vezes mais leite. Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

Capitalismo Italiano: Você tem duas vacas. Uma você mata, quando tenta forçar ela e fabricar queijo diretamente da teta e com a outra você resolve experimentar salame de vaca. Vende o salame de vaca para todo o mundo e fica rico.

Capitalismo Britânico: Você tem duas vacas. As duas são loucas.

Capitalismo Holandês: Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

Capitalismo Alemão: Você tem duas vacas. Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

Capitalismo Russo: Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você para de contar e abre outra garrafa de vodca.(Essa campanha é patrocinada pela Reversal Russa. "Na União Soviética, 2 vacas tem VOCÊ !!")

Capitalismo Suíço: Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.

Capitalismo Espanhol: Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

Capitalismo Polonês: Você tem duas vacas. Seu time perde, você bebe, briga com as duas e as mata.

Capitalismo Português: Você tem duas vacas. E reclama porque seu rebanho não cresce...

Capitalismo Chinês: Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba de ter pleno emprego e alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.

Capitalismo Hindu: Você tem duas vacas. Ai de quem tocar nelas.

Capitalismo Mexicano: Você tem duas vacas, sobe em uma e vai para os EUA.

Capitalismo Africano: Você não tem duas vacas.

Capitalismo Sul-Coreano: Você tinha duas vacas, com a divisão das Coreias, você passou a ter apenas uma. Então os Americanos doam 3 mil vacas para você fazer inveja no seu vizinho do norte.

Capitalismo Porto-Riquenho: Você não tem duas vacas, mas é cidadão estadunidense.

Capitalismo Palestino: Você tem duas vacas. Os judeus as tomam e te dão uma codorna pra você criar na faixa de gaza.

Capitalismo Judeu: Você tem duas vacas. Vende uma, recebe o dinheiro e não a entrega. Quando o comprador vai reclamar, você o chama de anti-semitista, nazista e continua com a vaca.

Capitalismo Iraquiano: Você tinha duas vacas. Com a invasão dos EUA você perde uma. Então troca sua única vaca por um carro bomba e mata aqueles filhos da puta.

Capitalismo Gaúcho: Você tem duas vacas. As vende e compra carne de vaca argentina.
Capitalismo Argentino: Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês. As vacas morrem. Você vende uma delas para os gaúchos, e a outra você faz um churrasco de final de ano pros diretores do FMI.

Capitalismo Brasileiro: Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV- Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca. Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro e botões, presumia que você tivesse 200 vacas e você vende a vaca restante para pagar as multas e os acréscimos legais e ainda adere ao programa do governo chamado REFIS para parcelar o restante da dívida com atualização da TR mais juros por 120 meses.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aprendendo sobre o amor

Conforme havia prometido, aqui está um texto mais leve e talvez até chato para alguns. Lembrando que isto é uma coisa minha.

Falar de coisas pessoais não é bem comigo, mas isso nos humaniza às vezes. E aqui gostariasde compartilhar o resultado das minhas experiências amorosas.

Um pouco da história: desde quando entrei no ensino médio (Escola Elisa Valls, em Uruguaiana) eu sempre quis ter um relacionamento sério, porém nunca consegui, por que as gurias que ficavam comigo eram muito chatas, ou feias, ou as duas coisas, o que levava eu ficar com elas um, ou no máximo dois dias.

Mas passado um tempo fiquei uns dois ou três meses com uma guria, era meio feia, mas era legal. Esse relacionamento não deu certo por que tinha muita liberdade e por que ela não entendia minhas loucuras na época. Depois fiquei mais um tempo sério com outra menina, que me fez acreditar que ela era uma coisa e era outra bem diferente, deixando até pessoas legais, que eu vim a conhecer depois, contra mim.

Então eu desisti de ter algo sério e comecei a ser uma espécie de “galinha”, mas não deu muito certo por que em seguida comecei a namorar pela primeira vez. Isso durou quase um ano e meio, e fez-me mudar muito. Na verdade, sempre consegui tirar algo de bom, de aprendizagem dos relacionamentos. Mas este foi muito difícil, por que era tudo falso, muita mentira em jogo e eu sempre acreditando ou fechando os olhos, e não falo apenas de traição e sim de valores, de ética. Apesar de sair de um relacionamento conturbado superei fácil.

Com o fim desse relacionamento começou mais um período de “galinhagem”, onde eu ficava com qualquer uma, inclusive com a ex. Até que apareceu na minha vida uma guria linda e inteligente, que me conquistou com a sua sinceridade e dedicação a mim. A minha noiva , minha atual! Que eu conheci ainda no Elisa – agora já sou professor formado.

É com ela que me tornei alguém digno, alguém equilibrado, que sabe pensar, que sabe agir de forma ética. Com ela aprendo todos os dias que não basta estar junto, mas sim respeitar e confiar na pessoa que se ama. Sim, amo ela e acredito que amamos uma vez só na vida “o resto são paixões que se vão e vem...”. Claro que eu amo o rock n’ roll, minha família e meus amigos, mas estamos falando de relacionamentos carnais.

E esse amor que faz com que eu e, acredito, ela possamos viver bem, estando longe ou estando perto, na paz ou nas brigas, nos erros e nos acertos, etc. Penso que muitas vezes exigimos coisas um do outro, que por mais que não resulte em nada imediatamente, em longo prazo faz com que ficamos mais dependentes um do outro. E apesar desta dependência, somos livres. Livres para amar um ao outro da forma mais linda e turbulenta possível.

Estou aprendo muito sobre esse negócio de sentimentos ainda, e a minha noiva é a pessoa que mais contribui nesta questão. Ela me faz amar não somente ela, mas o mundo em que vivemos, apesar das contradições.

Fico por aqui por que como diria o velho brega “com palavras não sei dizer...”. 

@koalhada

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ENEM: Falhas X Falhas

 O assunto mais discutido e polêmico desta semana no Brasil foi o ENEM. E dele que eu quero falar aqui também.

Por que está se discutindo tanto? Para mim há duas razões fundamentais: 1) Os grandes erros que ocorreram na organização da prova. 2) A mídia conservadora que vem se aproveitando destas falhas para criticas a prova como um todo, desqualificando até seus conteúdos críticos.

A desorganização é evidente. O erro no cartão resposta, a falha na impressão e distribuição da prova amarela, o possível vazamento do tema da redação, o excesso de espaço para rascunho nas questões de ciências da natureza e a falta nas questões de ciências exatas, entre outros. Também quero deixar a crítica que faço em relação a extensão da prova, que à torna muito cansativa e desfavorece o aluno de escola pública, pois o ensino público ainda não está ao nível desta prova. Talvez o ensino melhore a partir dos novos parâmetros que estão sendo exigidos no ENEM, mas por enquanto quem está ocupando a maior parte das vagas nas universidades federais são os alunos com mais tempo de interpretação que praticam suas habilidades cognitivas de melhor forma em cursos privados e focados, ou em escolas particulares.

Mas a grande mídia conservadora está aproveitando destas falhas, que foram muitas é verdade e que estão deixando com enormes expectativas os estudantes. Porém estão sendo oportunistas para desqualificar o ENEM como um todo, principalmente o grande avanço que teve na questão de ser uma prova em nível nacional com conteúdos críticos, que fazem os estudantes realmente pensarem na realidade e na transformação social. Em outras palavras, está fazendo os educandos ficarem contra uma prova que pode significar a libertação deles. Ou seja, é outra falha pensar que tudo no ENEM está errado e tentar extingui-lo.

Meu posicionamento então é este: o ENEM frustrou muita gente e as falhas devem ser revistas, assim como a politicagem que está envolvida na escolha das entidades que fazem o ENEM se concretizar. Mas não podemos criticar tudo, pois o ENEM está mudando a educação do Brasil em vários níveis, apesar de ter dado um passo atrás a partir de 2009, na questão da prova em si, separando novamente os conteúdos. Porém, as questões (em sua maioria) foram bem elaboradas, de uma forma crítica, que se fez com que o estudante tivesse contato com várias informações atuais, de relevância social e que são conteúdos que o professor deveria trabalhar em sala de aula.

-Estou tentando escrever textos menores e pretendo escrever amanhã de novo para compensar os outros dias que deixei de postar, SE ainda estiver em na minha cidade, mas sobre algo mais leve, menos estressante, algo diferente dos últimos posts. Equilíbrio.

@koalhada

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Não-Superior

Hoje recebi meu diploma oficial de ensino superior: Licenciado em História. Mas superior a que? A quem? Com certeza foi uma vitória pessoal com uma ajudinha das melhorias no acesso à educação nos últimos anos no Brasil, mas é pouco.

É uma felicidade que todos deveriam ter direito, e não só no papel, mas na prática também.

Muitos colegas, com capacidades e competências e esforço maiores até do que eu tinha, deixaram o curso por metade, devido à falta de grana, de tempo, compreensão,entre outros fatores.

E eu imagino quantas pessoas capazes nem começam sua graduação e às vezes param até na escola, pois esta não chama a atenção, não oferece “oportunidades” e bem-estar que o mundo fora dos seus muros lhes oferece.

Eu sou muito feliz particularmente, consegui uma bolsa de estudos em uma universidade boa, na minha cidade e para o curso que eu queria fazer.

Porém sou muito triste comunitariamente, pois vi vencedores pararem no caminho.

Então, posso dizer que o diploma faz de mim um ser superior? Terei algumas regalias em um mundo em que o papel é ultra-valorizado, mas a resposta, obviamente a esta pergunta é não! Não serei superior enquanto a oportunidade que eu tive não chegar à todos.

-Texto curto e repetição de palavras. Isso não é necessariamente ruim, mas é o resultado do tempo sem escrever.

@koalhada