quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Pensar Dói


Como professor do ensino fundamental, eu me impressiono com a dificuldade do ser humano pensar e dos docentes ensinarem a pensar.
O exercício de reflexão sobre qualquer assunto e/ou prática não é uma tarefa fácil, pois, primeiramente, exige que saiamos da nossa zona de conforto. É exigido que nosso trabalho desenvolva as diversas habilidades e competências em potencial dos estudantes e no meu ponto de vista, o principal destes elementos é o pensar.
Essa habilidade indica – a busca de – independência e fatores que o aluno construa seu próprio conhecimento a ponto de questionar seus professores, e isso mexe com esses “mestres”.
E será que é possível que os alunos pensem mais que os professores e demais adultos? Sem dúvidas que acontece. Imaginem a reação quando se percebe que isso ocorre...
Pensar dói, mas dói mais saber que em muitas áreas, quem está na escola para aprender dá um show em quem está indo ensinar. Um problema – que não seria problema – se tivéssemos a percepção que educar é uma troca – onde o diálogo é fundamental.
Por vezes aprendi mais com meus alunos do que na faculdade.
É a capacidade de abstrair, levar para todos os âmbitos da vida o que se desenrolou na escola e trazer a vida para a escola. A escola imita a vida, assim como a vida imita a arte ou a arte imita a vida como a escola imita a arte?
Contudo que foi exposto, acredito que o que falta ainda é imaginação, tão aguçada na primeira infância e anis iniciais do ensino fundamental e que com o passar do tempo nos desacostumamos para nos enquadrarmos no “mundo real dos adultos” ou o famoso sistema.
Passamos de inocentes imaginadores a racionais destruidores. Racionais, pois pensando sobre apenas um horizonte, sobre verdades concretas; e destruidores por que somos o único animal que tem consciência que destrói – destruímos a natureza, destruímos sonhos, destruímos amores, etc.
Portanto, acredito que o nosso dever é questionar, criticar o que vivenciamos e a nossa realidade, que só é possível a partir da imaginação e do pensar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Bota Iluminado esse Rock


Na madrugada de sábado (18) para domingo (19) vi um dos melhores shows da minha vida, o que me motiva a voltar a escrever, e voltar a escrever sobre esse tema que gosto muito: rock n’ roll. E rock com essência de rock.

Teve todas as artes conforme deve ser: teve poesia, teatro, música, dança, filosofia, tecnologia e um baita trago, pra quem gosta de álcool, o que não é meu caso hahahah.

Foi no aniversário do Heineken Bar e apesar de ter tido câmeras fotografando e filmando, ainda vejo a necessidade de escrever sobre isso, pois foi tão fantástico que penso que deve ser um show registrado de todas as formas possíveis e, modestamente, gostaria de contribuir para isso.

O que aconteceu foi que juntaram duas baita banda com os melhores músicos e artistas da cidade, a John Bilíngue e a Delorean; juntaram boas músicas de ambos os repertórios e enlouqueceram a cena.

Destaco os dois bateras, Negão e Ganso. Duas gerações, dois caras influenciados por diferentes contextos e por diferentes referências em uma sincronia quase fraterna, quase geminiana. E quem tem alguma noção de música sabe como isso é difícil.

Fico feliz em ter presenciado esse momento histórico, que teve a banda General Lee encerrando a noite de uma forma bem divertida e simples, elementos que devem ser levados a sério no rock n’ roll, e que agradou muito as pessoas que foram lá, como eu.

Enfim, boas festas desse gênero são possíveis. Temos pessoas com boas ideias e com vontade nessa cidade. O fim não está próximo.

Observação: Sem fotos na postagem e voltamos a Era dos Inícios... Parabéns aos 2 anos de blogue, completos hoje.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

São Cristais, Ainda Assim São Pedras

Como as pedras são?
São de gelo, a água fria
De cristais, a pedra que brilha.
São drogas, de crack
Ou mesa, suporte de mármore.

Formam, desenham o caminho
À noite algumas na trilha
Reluzem, como a pedra que brilha.
Choram de dor os rins,
Pois há pedras ruins.

Casas de pedras artificiais
Tijolos lindos quando se pinta
Cor viva, como a pedra que brilha.
Há algumas de valor
Joias que causam terror.

Tem pedras que furam
Pela insistência líquida,
Frágeis, como a pedra que brilha.
Nas sombrias inscrições...
Também são pedras os corações.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Meu Tempo


Depois de alguns meses, estou aqui novamente escrevendo coisas de um cotidiano paralelo ao cotidiano de tantas outras pessoas, inclusive de quem se presta a ler isso aqui.


Atualizando a vida pessoal: depois de alguns meses, recém agora estou me adaptando como Orientador Pedagógico, mas louco de vontade que me chamem para dar aula no estado, quem sabe lecionando para o ensino médio, e com a ciência de que meu lugar é numa sala de aula, longe de burocracias que pouco ou nada ajudam. Falei vida pessoal e expliquei a profissional. Isso é chato, mas muito interessante. 


Quando teu trabalho se torna algo tão ligado a ti, aos teus sentimentos e tuas vontades que tu não consegue desvinculá-lo da sua pessoalidade. Quer dizer, sou feliz em uma escola e essa é minha vida. No mais, ando bem. Conhecendo pessoas novas, usando o que desejo usar, evitando o que não me deixa legal. Nada de diferente, ainda. 


Esse espaço não era exatamente pra falar de mim, mas pra eu me expressar. Hoje quis me expressar falando de mim. Redundâncias... Aliás, o bloguer está tão baixo astral quanto o orkut. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Saudades de Abril

Uma coisa que gostaria de revelar, é que sempre que escrevo alguma poesia, eu escrevo pensando em várias histórias, nunca é pra UMA determinada pessoa, ou UMA única história. Às vezes eu escrevo pensando em casos e conversas de outras pessoas próximas ou nem tanto. Não curto exclusividade na concepção de uma obra artística, seja qual for.

E o próximo post é para alguém que nos deixou em um mês de abril, deixou esse mundo; e também para outra pessoa que amei, mas que a inevitabilidade do futuro[?] fez com que a distância física se tornasse também distância sentimental.

Saudades de Abril
(Koalhada Decoy)

Agora que o frio chega
Também é o momento
Em que o coração aperta
Os olhos veem a porta aberta.

E quem está chegando?
Ninguém que se importe
Há pessoas que dão tchau!
Saindo devagar pelo quintal.

Aqui valeu o tempo
Que estivemos nesse local
Que permanecerá dentro de mim;
Sem fugas, sem desvios, sem fim...

Inexistem comparações assim,
Pois a casa está vazia
Nem mesmo eu fiquei.
Ela permanece abandonada...

Nós sabemos!
Por quê?

Respeitamos!
Quem?

Voltamos!
Para onde?

Temos dúvidas!
Sim.

Temos saudades!
Quando?
Em abril...

Isso Não Era Assim

É, eu nem tenho escrito aqui. O principal motivo é que o google mudou muito o bloguer e eu não curti as mudanças. Mas ainda tenho muito a dizer e escrever. Talvez eu mude para outro serviço, já que não pretendo fazer as adaptações necessárias para continuar aqui; mas vamos ver o que acontece.

Só quero dizer, por enquanto, que nunca fui fã de Chico Anysio, apesar de admirar seu trabalho. Porém senti muito sua morte, pelo fato dele ter criado o personagem "Coalhada", meu apelido dado pelo Ordie, que adaptado - Koalhada - foi muito importante na construção da minha identidade.

Já quero falar sobre a postagem que vira a seguir. Será uma poesia que fala de saudade. Fala das pessoas que se afastam de nossas vidas, seja por motivos que está além da vontade que quem os ama, seja por opções, seja por que a própria vida afastou essas pessoas. 

Uma coisa que gostaria de revelar, é que sempre que escrevo alguma poesia, eu escrevo pensando em várias histórias, nunca é pra UMA determinada pessoa, ou UMA única história. Às vezes eu escrevo pensando em casos e conversas de outras pessoas próximas ou nem tanto. Não curto exclusividade na concepção de uma obra artística, seja qual for.

Tanto que muitas vezes eu escrevo uns pedaços e guardo, resgatando em outra oportunidade para juntar com outros pedaços, e assim surge umas rimas locas. As pessoas não precisam nem gostar, mas eu sempre estou senso sincero em cada letra, cada vírgula, apesar de não ser "expert" em português.

E o próximo post é para alguém que nos deixou em um mês de abril, deixou esse mundo; e também para outra pessoa que amei, mas que a inevitabilidade do futuro[?] fez com que a distância física se tornasse também distância sentimental.

domingo, 11 de março de 2012

FELICIDADE ARTIFICIAL

Ontem comecei a fazer isso, foi na correria. Juntei algumas coisas e palavras e recém terminei. Resolvi postar.
 
Felicidade Artificial
(Koalhada Decoy)
 
Por você eu paro até
Com as drogas mais felizes
Caindo em cada esquina
Fecho os olhos, descanso a retina.
 
Quem me guia nas ruas
Talvez esqueça que em casa
O pensamento continua quente
Duvidamos da sanidade da mente.
 
Descobrimos a origem do sorriso
Mesmo assim estamos calados
Pedindo uma trégua a carência
Tenho poder, tenho paciência.
 
Veja como é fácil roubar
Os detalhes sutis das paisagens
Algo diferente é artificial
Instante que torna-se real.
 
Faça do calor uma necessidade
Imersos nos dias e semanas
Pouco frequentado o lugar

Longe, desejos de retomar.

Sua sã e bela consciência
Disfarça os costumes
Ignora a elegância
Que em amor se resume.

terça-feira, 6 de março de 2012

Meus Dias

Mais uma vez que eu fico um tempão sem escrever por aqui, e mais uma vez por vários motivos. Muito trabalho na escola nova, onde assumi como Orientador Pedagógico e, nessa função, ainda estou aprendendo bastante e também com muitas tarefas novas, onde a prática está guiando um conhecimento que antes era apenas teoria.

Na escola antiga, da mesma forma, estamos começando os trabalhos do ano letivo e com mais um revés, que foi a queda da estrutura esportiva, onde além dos danos materiais, as questões psíquicas devem levar algum tempo para voltar ao normal.

Isso apenas no que se refere a minha vida profissional, pois na pessoal também estão ocorrendo mudanças. Esse distanciamento que está ocorrendo de um relacionamento de 5 anos tem me levado a refletir muito sobre coisas que antes passavam despercebidas por mim, como por exemplo, a troca que ocorre com as pessoas na convivência, entre outras.

O estudo é um atrativo sempre presente nos meus dias, mas agora está intensificado com a proximidade do concurso do magistério estadual. Apesar do pouco tempo para isso, sempre que posso estou olhando as apostilas e a bibliografia específica – português e legislação eu tento estudar na minha prática diária na escola, na sala de aula.

Agradeço por essa vida agitada, onde eu sempre tiro lições, sempre tento aprender alguma coisa. E se for pensar bem, todos nós temos uma vida cheia de compromissos e relações com outras pessoas e com o ambiente. Pensar e refletir sobre nossas ações são o diferencial na construção de um mundo melhor, não apenas individualmente/espiritualmente, mas coletivamente.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Recordações Configuradas

Renato Russo também já teve saudade daquilo que ele ainda não havia visto. Às vezes eu também tenho saudade do futuro.

Recordações Configuradas
(Koalhada Decoy)
 
Eu vou ficar contigo
Ou descer na próxima estação
É este meu objetivo
Quando esqueço nosso refrão.
 
Aqueles seus amigos
Estão atrás da janela
Todos temos um carma
Que amacia na paz dela.
 
Agora vou marcando
Nos dias do calendário
O tempo se aproxima
Do feriado lendário.
 
A vida vai e vem e pára
Sempre há algum lugar
Nessas mãos a energia
Para o futuro recordar.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Duas Vezes 50!

Essa postagem é apenas para comemorar o número 100. É isso aee. Já temos uma centena de textos aqui. Agradecendo à todos que perdem seu tempo com leitura de uma pessoa comum e com alguns sonhos grandes.

Pra comemorar vou postar pela primeira vez uma foto das minhas tatuagens, ou melhor, da primeira tattoo, logo que foi feita pelo Chico, de Canoas.


Ela representa a ilha/país de Utopia, um lugar imaginado e descrito no livro de Thomas Morus, em 1916 se não me engano. O autor imagina uma sociedade perfeita ou quse, muito a frente da sua época, e talvez até para a nossa. Muito do que ele escreve fez com que fosse considerado louco, como escolher o rei pelo voto.

Hoje ainda estamos buscando realizar nossas utopias. Temos que imaginar o melhor e lutar por isso. Igualdade, liberdade, diversidade e felicidade, é isso que queremos no mundo, tenho certeza, todos nós, ou 99% de nós.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Números

Algumas pessoas já sabem como eu não me dou bem com números e a matemática, apesar de ser um dos melhores alunos nessa disciplina durante o ensino fundamental e médio. Sempre considerei fácil por ser um conhecimento mecânico que era aplicado.  Por ser mecânico hoje preciso contar nos dedos ou usar uma calculadora para qualquer tarefa simples.

A questão é que sempre estão em nossa vida. Não é à toa que uma das campanhas mais bem sucedidas no mundo é a reduza, reutilize e recicle. É um alerta ao consumismo e os números que criamos para o mundo. Mas é só para exemplificar o motivo desta postagem, ou seja, alguns números que fizeram parte da caminhada ano passado.

Essa não é uma pesquisa, nem um fato empírico, mas algo que percebi observando minha rotina e algumas estatísticas.

São eles:

22 anos, 8 tattoo, 1 cartão de crédito ativo, conta em 3 bancos, 3 fios de cabelo branco, 100 alunos, 1 noiva, 1 mãe, 5 afilhados. 300 sacolas plásticas que recusei no mercado, deixei de consumir 90 animais pelo (veg), 2 shows de rock no palco. Não li nenhum livro inteiro – tema de alguma outra postagem futura.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Se O Mar Está Agitado, Estaremos Molhados

É isso aí. Mais algumas palavras soltas em um mundo concreto.
 
Se O Mar Está Agitado, Estaremos Molhados
(Koalhada Decoy)
 
O mar está agitado, vamos curtir,
Nos molhar, voltar a sorrir.
 
É tão bom ver que chegou a hora
A pressão de todos traz melhoras
Professores, policiais. Jovens na vanguarda
Unidos vão marchando... Avante ou nada!
 
Salário ruim;
A passagem lá em cima;
Sem saúde digna;
Poeta sem rima.
 
O Brasil há muito tempo é assim
Não é exclusivo, na Europa está assim.
O sistema dá privilégios a poucos
Excraviza e nos trata como tolos.
 
Liberdade irrestrita;
Dignidade pra mim;
Terra pra plantar;
História sem fim.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Voltamos a Apresentar

Depois de quase 2 meses sem escrever estou de volta por aqui. Vamos tentar recuperar o tempo sem textos, postando alucinadamente algumas poesias, imagens comentadas e temas diversos.

Um dos motivos dessa ausência são as próprias férias, idas e vindas que impedem um pouco esse trabalho, mas que garantes bastantes pensamentos que poderão se transformar em boas redações para esse espaço. Também tem o concurso do magistério estadual, que está me ocupando com algumas horas de estudo.

Outro motivo é também ambíguo É que, como diz a porta de entrada do Juntos! "O mar da história está agitado". Isso quer dizer que tem muita luta social acontecendo, não só no Brasil, como em todo o mundo, fruto da crise do capitalismo.

Pinheirinhos, a greve dos PMs e Bombeiros na Bahia e no Rio, a Lei S.O.P.A.e o atentado a livre informação, corrupção, aumento da passagem do ônibus em várias cidades, e é claro, muita manipulação da mídia e repressão do Estado e partidos de direita.

A questão é que tudo acontece e às vezes não me sinto capaz ou com "moral" pra comentar as coisas aqui do meu ponto de vista, de uma forma positiva, mas ao mesmo tempo revolucionária e simples. São desafios que tenho que superar.

Bom, é isso aee, 2012!