Como professor
do ensino fundamental, eu me impressiono com a dificuldade do ser humano pensar
e dos docentes ensinarem a pensar.
O exercício de
reflexão sobre qualquer assunto e/ou prática não é uma tarefa fácil, pois,
primeiramente, exige que saiamos da nossa zona de conforto. É exigido que nosso
trabalho desenvolva as diversas habilidades e competências em potencial dos
estudantes e no meu ponto de vista, o principal destes elementos é o pensar.
Essa
habilidade indica – a busca de – independência e fatores que o aluno construa
seu próprio conhecimento a ponto de questionar seus professores, e isso mexe
com esses “mestres”.
E será que é
possível que os alunos pensem mais que os professores e demais adultos? Sem
dúvidas que acontece. Imaginem a reação quando se percebe que isso ocorre...
Pensar dói,
mas dói mais saber que em muitas áreas, quem está na escola para aprender dá um
show em quem está indo ensinar. Um problema – que não seria problema – se
tivéssemos a percepção que educar é uma troca – onde o diálogo é fundamental.
Por vezes
aprendi mais com meus alunos do que na faculdade.
É a capacidade
de abstrair, levar para todos os âmbitos da vida o que se desenrolou na escola
e trazer a vida para a escola. A escola imita a vida, assim como a vida imita a
arte ou a arte imita a vida como a escola imita a arte?
Contudo que
foi exposto, acredito que o que falta ainda é imaginação, tão aguçada na
primeira infância e anis iniciais do ensino fundamental e que com o passar do
tempo nos desacostumamos para nos enquadrarmos no “mundo real dos adultos” ou o
famoso sistema.
Passamos de
inocentes imaginadores a racionais destruidores. Racionais, pois pensando sobre
apenas um horizonte, sobre verdades concretas; e destruidores por que somos o
único animal que tem consciência que destrói – destruímos a natureza,
destruímos sonhos, destruímos amores, etc.
Portanto,
acredito que o nosso dever é questionar, criticar o que vivenciamos e a nossa
realidade, que só é possível a partir da imaginação e do pensar.