segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eu vi o mundo e não haviam bruxas


Hoje 31 de outubro de 2011 e é dia das bruxas. Mais um item da cultura norte-americana que é exportada para o mundo, e que é tão legal quanto nosso carnaval. Eu vi o mundo é uma expressão tirada de uma mídia alternativa, portanto não é minha.

Eu vi o mundo e é dia das bruxas! Terror no mundo. Hoje minha aula na 8ª série foi somente focada no mundo em 2011: primavera árabe, ocupações de praças pelo mundo a fora e o Brasil na rota dos indignados.

O que assusta mais do que uma crise onde a “recuperação” se dá à custa dos mais frágeis, à custa da democracia. Sabe, eu nem queria escrever sobre política no blogue tão cedo, pois sempre tenho o temor de que esse espaço se torne monotemático. Mas é impossível de ignorar tudo que está sendo corrompido de forma negativa.

Vejam bem minha indignação e o motivo por que voltei a esse assunto:

Alías, acho que isso é muito mais que uma questão política. Sim, é necessário pensar política, mas nunca desvinculado do social, do cultural, econômico e até do individual.

Apesar do desânimo, gostaria de pedir não que Marcelo Freixo sirva de exemplo a ser seguindo, o que eu acredito ser muito bom; mas que o outro lado, a corrupção, o “jeitinho brasileiro” (será que é só brasileiro?) não sejam práticas de vocês, não sejam um  modelo a ser seguido.

De que me adianta criticar, se o meu jeito, meu pensamento e minhas oportunidades não diferem em nada daqueles que nos dão de presente uma crise, ou crises. Até as bruxas se assustariam...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cheguei Bem


Faz tempo que não escrevo sobre minhas idas e vindas pela BR-290 e é claro, sempre pelo mesmo motivo que me desloco até a capital do estado (minha noiva). A respeito disso só quero dizer que é foda essa distância no amor.

Porém, vou contar um pouquinho sobre o que eu vi, de fato, e que está ocorrendo. Quer dizer, é a transformação do mundo. Logo ao chegar na região metropolitana tem-se aquela sensação de que tudo vai mal. Pelo cheio horrível de todos os tipos de poluição, pela visível desigualdade – no rio Guaíba em uma margem pode se ver iates e todo o luxo de mundo do status quo, e na noutra margem pode-se perceber os sem-tetos, “vivendo” em baixo da ponte.

O mundo está mudando. E não é em referência ao que escrevi antes, pois isso é decorrência desse capitalismo fanático pelo consumismo, ente que está aí desde a Revolução Industrial, e que quase nos acostumamos. Quase!

A mudança é outra, positiva, que eu falo. Lá eu vi pessoas, jovens, movimentos sociais, na luta para construir um mundo melhor. Meio que caí de pára-quedas no maior evento mundial por democracia real. Vocês têm que perceber isso. Temos um modelo que não se sustenta mais, e tem muita, mas muita gente querendo vendo nessa crise uma oportunidade de construir uma nova sociedade, mais justa, sustentável, mais igual, e, como fez referência uma das vozes descontentes “com mais amor entre nós”.

Acompanhe:

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Não Esperou Por Um Nada

Esse post curto é só pra dizer que existem pessoas iluminadas e que se vão. E quando elas se vão essas mostram que são mais importantes ainda. Quem perdeu um grande amigo ou um parente próximo sabe.

Quem sabe também são os fãs de alguém que fez algo inovador, inacreditável e às vezes até idiota ou ridículo para o seu tempo. Esse alguém que tem fãs deve ter lutado muito para por sua criatividade a serviço das pessoas, fazendo com que a inteligência e o conhecimento fossem transformados em sabedoria.

Sábios. São inesquecíveis e seus nomes são ditos ainda mais logo após a partida, superando o tempo e o espaço.  Realmente deixam um legado vivo, mas que infelizmente passam muitas vezes despercebidos aos olhos desatentos ou que ignoram grandes feitos permanentes.

Fazem muita falta, pois sabemos que pessoas iluminadas com tais características – iluminados, criativos, sábios, corajosos, etc – são únicas.

Desculpe-me Steve Jobs, sei da tua importância e agradeço-te, mas estas palavras são para o vocalista/letrista/compositor/baixista/guitarrista de uma das primeiras bandas punk no Brasil, Rédson, do Cólera.


domingo, 2 de outubro de 2011

Minha Vida É Um Palco Iluminado VII

Mais uma noite rock. Mais uma vez no Heineken Bar. Vamos falar das idiotices antes de falar de rock, antes de falar de coisa boa.

É que tem muita gente de má fé, geralmente que não aparece nesses lugares rockers, mas quando vão, dão o que falar. Quer dizer, nem posso julgar muito porque tudo que aconteceu foi depois que voltei para casa. Também gostaria de evitar esses comentários, porém é inevitável.

No pouco tempo que fiquei lá, já tinha visto uns caras querendo briga, tentei separa e tal, porém ainda continuaram chamando encrenca. Mas foi longe de tudo que as notícias me chegaram. Vagamente ouvi de homens chatos, mulher agredida, carro depredado, briga por mulher, amigos contra amigos, armas.

O que eu tenho a falar afinal? TODOS estão errados nisso. Qualquer um que tenha incitado ou permitido chegar a esse ponto. Vocês são uns otários. Tem que compreender que o rock é agressivo, mas que não precisa de pessoas violentas. O rock é agressivo, por favor, entendam a diferença. Temos o som mais pesado, temos a roda punk. Quem briga (não luta) por besteira só acaba com o pouco da credibilidade que temos.

Coisas boas pra aliviar. GOLARDINA. Me sinto orgulhoso vendo o Prego e os guris ali tocando, me sinto como o padrinho da banda. Mais uma daquelas que eu tive ali no ponta pé inicial. E punk né. Simplicidade e diversão no que faz, levando a personalidade dos caras pra apresentação.

Porra meu, não sou ninguém pra falar de música, mas sei falar de rock n’ roll e tudo que está envolvido nisso. E a Golardina é uma baita banda de rock. Eles têm isso que falei acima e que falta em muitas bandas. O legal, pensando bem, é que aqui em Uruguaiana temos uma boa tradição nesse sentido.

Vendo esses piá, me sinto muito nostálgico. Lembro da 12Ponto1, Excluídos do Sistema, Terminal Inoperante, Duck Steak, GZ, Tia Zunga. Vontade! O “faça-você-mesmo”!

Foi uma noite (ainda bem que não presenciei as brigas) que me lembrou o M.O.S.H. Com a banda de punk rock e depois a jam sessions unindo os punks, os pop rock, metaleiros, skatistas, HCs, roda punk, stage dive, bate cabeça.

Isso faz pensar: alguns vão tentar acabar com tudo isso, com toda a diversão, mas esses alguns não são maiores que o rock, então sejam medíocres.

OBS: Dedicado ao TuTu Chris que pediu pra “aparecer” no blogue.