sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Decoys, Não Tema!

Dezembro, clima de natal, mas vou escrever algo que pra mim e muitos amigos meus é muito mais importante, a banda Decoys, que surgiu a mais ou menos 5 anos. O primeiro ensaio com todos os primeiros Decoys foi no dia 17/12/2005 no estúdio Sol Maior (Carmão), e o primeiro show foi no começo de janeiro de 2006, no Casarão da XV.

Um pouco da história para ficar mais claro. Tudo começou em um fim de tarde no começo de novembro de 2005, quando o Cko veio aqui na minha casa e disse que queria montar uma banda comigo e a namorada dele que tivesse tudo de bom e punk que tinha nossas bandas anteriores. Até então nunca tínhamos tocado juntos. Ficamos desde então planejando a banda, procurando nome (que retiramos de um filme B de terror, horrível por sinal), procurando outros integrantes, escolhendo o repertório e criando músicas próprias.

Enfim, convidamos o Allan para tocar guitarra junto com o Cko, a Cris na batera e eu no baixo. A principal dificuldade foi o vocalista, mas o universo deu uma mãozinha. Antes de um ensaio (17/12/2005) fui na casa do Neandro e convidei ele para olhar o ensaio, e lá ele acabou cantando umas músicas, pois sabia quase todas, e estava formada a Decoys, uma banda punk, o sonho não havia morrido.

Depois que saí da banda, lá por março, abril de 2006, fui perdendo um pouco das histórias e das datas da banda, mas sempre tive por perto, tanto que até hoje uso o Decoy como “sobrepseudônimo”. Mas posso dizer que com o Felipe, e depois o Petry principalmente, contribuiram muito para a formação da cara e identidate a forte para a banda.

Essa história de “família banda tal” hoje parece manjado e até chato. Na época, um dos motivos para a escolha do nome foi usá-lo como unidade dos membros, bem imitando os Ramones. Mas a amizade foi tão foda que eu prefiro chamar esses caras de irmãos do que muitos dos meus parentes de verdade, e incluo nos Decoys todos que entraram na banda depois e todos que estavam comprando briga com a gente: Petry, Gordinho, Fran, Felipe, Bú, Buzinho, Espanador, Eduardo, Keké, e me desculpa se esqueci de alguém, faz muito tempo e minha memória já não é a mesma. Sabe aquela amizade verdadeira que os caras te deixam mal por serem sinceros? Sabe aquelas brigas de irmãos que no outro dia já está todo bem? Bom, isso é até hoje de certa forma. Talvez nem família não é, mas amigos que querem as mesmas coisas.

Aquela ideia inicial era de manter vivo o punk na cidade, e a Decoys hoje é sem dúvida uma lenda, de tantas que já passaram por Uruguaiana, quem sabe a última lenda e me orgulho disso, pena que crescemos, hoje o Cko e a Cris moram em Caxias e trabalham por lá, eu sou um professor desempregado (por enquanto), o Neandro faz jornalismo em São Borja, o Petry é cabo do Exército, mas a pior e irreparável perda foi a morte do Allan que me dói muito até hoje...

Ainda vivemos como punks, ainda temos aquelas revoltas dos primeiros dias de ensaio, aquele sentimento que as coisas por aí estão erradas. Ainda somos uma bando de chinelão fora da ordem estabelecida.

Eu não acredito que a Decoys tenha acabado, prova disso é que no começo do ano a última formação se reuniu e fez uns ensaios que tinham bastante gente assistindo, e um show muito foda na S.B.U, como nenhuma banda fazia a muito tempo na cidade. A decoys sempre é uma atração à parte. Quem não conhece acha que somos maus, mas é apenas uma defesa que temos que ter, mas no fundo somos éticos e camaradas como poucos. Fique perto e duvido que não se divirta, que não ache interessante esses atormentados.

@koalhada

2 comentários:

  1. ae acho até que naum lembra de mim mas eu estava nos ensaios no carmo no mosh vendo vcs fazendo aqueles riffs,putz eo allan doi muito msm até hoje,vai fazer 3 anos né? Mas eh isso ae bola pra frente o negocio eh fazer barulho

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  2. Cara, lembro de ti sim, tu andava de sk8 com o Allan e tava lá no começo. É isso aee meu velho.

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